segunda-feira, 1 de março de 2010

Expo Helena Yoshioka

LUXÚRIA

A Luxúria, ou o pecado de ser possuído pelo desejo incomensurável de obter a magnificência dos sentidos e da sensualidade, hoje parece se desprender de sua definição original e caracterizar-se por um significado novo, diante da sociedade moderna em constante mudança.
A nova luxúria mais parece uma compulsão frenética por um prazer sem qualidade, o prazer de ser e estar em sintonia com um padrão de beleza ou vida impostos, mas unido à uma alienação profunda.
Helena Yoshioka revela, no set de oito fotografias, uma atmosfera onde a beleza deixa de ser um elemento comum e toma maiores dimensões, se afastando da normalidade e conquistando o lugar de um vício que consome sua vítima e a faz de prisioneira.
A idolatria do ser, o caminho à perfeição e a preocupação demasiada com a estética conduzem o indivíduo à perda da própria identidade e de tudo aquilo que fazia dele um ser único, e principalmente autêntico. De maneira incontrolável, o indivíduo se vê amante incondicional de uma beleza que não é a dele, mas que a partir de então deve considerar como sua.


A fotógrafa:

Helena Yoshioka teve em seus 19 anos de idade a experiência que muitos já desejaram ter. Formada em Fotografia pela Escola Panamericana de Arte, já atuava na área muito antes de sua maioridade.

Como fotógrafa autônoma desde 2006, percorreu o circuito de baladas e casas noturnas da cidade de São Paulo, registrando músicos, DJs e freqüentadores em clima alto-astral. Além de eventos como Guaraná Street Festival, Terra Festival e a gravação do DVD da banda Tihuana.


“Escolhi a fotografia porque acredito em uma beleza individual e própria de cada um de nós. A fotografia consegue, em uma única cena, combinar isso com o mundo imaginário e conceitual. É nela que eu tenho a liberdade para transpor as minhas ideias de um jeito orgânico e completamente humano. Cada fotografia tem um propósito. Algumas guardam lembranças, sensações ou fatos. Gosto daquelas que me lembram que é possível criar mundos fantásticos sem depender de um computador, por exemplo.”